segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Filosofia

Nos tornamos dignos,
quando respeitamos nossos princípios e crenças.

Um homem que não tem autonomia,
para respeitar a si próprio,
não pode ter a habilidade de respeitar ao outro.
e só por isso, deixa de ser um homem.

O sistema é mal,
a resistência é dura,
o fraquejo em uma batalha é normal,
a perda da guerra é impossível, se estamos no lado certo,
e a corrupção é opcional,
mas isto é coisa dos fracos.

A filosofia de vida de um homem ,
é o que o torna um homem, ou não.


- G.Nascimento -

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O garoto.


O que sobra daquele garoto,
é o sobejo da tristeza por estar inerte.

E junto com aquele garoto
Cresceu um eu céptico,cínico.

Seus sonhos não são mais coletivos.
Se tornou egoísta a criança que sonhava,
E acreditava num bem maior,
e talvez sofra menos meu menino.

aquele garoto está além,
Seus olhos estão vermelhos.

A ocasião lhe tornou só,
E o garoto se achou leve.

Jogaram uma grande responsabilidade
nas costas do meu garoto,mas não lhe pesa,
Ele não as leva a sério,
Seu lado criança ainda está presente.

Mas agora , este garoto é um homem.
Triste dos homens.


- G. Nascimento -

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um pouco de mim aí.

Só queria te lembrar
que o fim não é o fim,
o amor é mais além,
Somos mais além.

A alegria que hoje teima
em se fazer ausente,
ainda vai te encontrar,
vai te abraçar de tal maneira,
que nem saberás que um dia existiu algo
além dela.

Deixa o sofrimento comigo,
eu cuido de sofrer por nós,
minh'alma já é acostumada
e até leva como carinho para o eu-poeta.

Não se preocupe com mais nada,
minhas roupas já estão na mala,
nossos sonhos já se suicidaram
e pouparam muito nossos esforços.

Vai doer só um pouco,
mas isto passa,
Só espero que exista um tejolo meu,
neste castelo que está sendo edificado.

Espero que ainda reste um pouco de mim aí.


- G. Nascimento -

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Marcas.

Ainda resta de nós,
embrulho de bom-bom de caramelo,
aquela pulseira que te representa em mim.

Aqueles papéis que fazem tanto sentido,
aquele olhar de desejo, ainda resta em nós.

Ainda resta de nós, aquelas fugas sem noção,
ainda resta de nós a falta de noção e
a necessidade de não tê-la.

E em você, o que resta de mim?
Tenho medo de perguntar-te.

Mas em mim, ainda te resta meu imenso amor,
eu acho que isto basta.

-G. Nascimento-

Não vá.

Não nos deixemos,
ainda existe um pouco daquele muito,
pouco, mas existe.

Verás, tudo vai voltar ao normal meu amor,
ou quase tudo.

E tenho a certeza que só acontecerá a nós,
o que for melhor para nós.

meu peito ainda necessita de teus sussurros Berrantes.
e te implora, tome mais um copo.


- G. Nascimento -

Os amores.

Em cada segundo de vida,
Existe um risco de morte.

Mas a vida só começa de fato,
quando tudo no mundo
passa a não ter sentido nenhum.

E não precisa ter,
aí sim, você vive de olhos fechados,
chamam isso de VIVER INTENSAMENTE.

e de olhos fechados você toma coragem
para enfrentar seus medos e seus dogmas,
e vai além, mais além,
dizem como felicidade.

E cada amor é uma vida,
que nos pede para viver intensamente,
e por viver intensamente nos arriscamos mais.
Terminamos morrendo neste amor,
mas tal qual uma fénix, ressuscitamos,
e morremos e ressuscitamos e morremos...

os amores vão, as marcas ficam.

- G. Nascimento -

domingo, 10 de outubro de 2010

Como há de ser?

Como há de ser o amor,
uma coisa boa, se quem o tem
é mais triste.

Mas,como há de ser a vida,
Sem o amor?

- G. Nascimento -

quarta-feira, 6 de outubro de 2010



(...) No batente de fronte,
Há lixos e papéis espalhados
Formando um monte literário.

Fragmentos de versos “Machadianos”
Bailam freneticamente pelo ar.

B
A
I
L
A
M

E o poeta reciclador,
Apanha um papel que queda
Enrola as batatas do Assis
Abrasa o corno-Bento
E fuma um baseado literal.

-Dom LariCasmurro-

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Soneto de Porcelana.


Meu porcelana-coração,
que deixei aos teus cuidados,
pousado em longas mãos,
entre dedos descuidados.

caiu forte no chão,
se tornou despedaçado,
espalhou-se no meu não,
sobre sonhos exaustados.

quem brinca assim de amar,
quando não sabe brincar,
termina quebrando alheio.

Só resta a ti, me ver,
me negando te esquecer,
mesmo tendo errado feio.


- G. Nascimento -