Teu sorriso em preto e branco,
revelado em álcool e luz fosca,
é o que resta de tua alegria.
Tua sandália Havaiana,
guardada atrás da porta
para quando chegares cansado do trabalho,
é o que te resta de mordomia.
um bom dia quando sais,
e um boa noite quando chegas,
é o que te resta de respeito.
E tua vida acabará
quando as traças acabarem com a foto,
a sandália torar
e o porteiro do teu prédio for despedido.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O tempo passou.
O tempo passou,
As pessoas mudaram,
As coisas mudaram.
Mas nós permanecemos aqui,
Estáticos, Imóveis,
Como se a vida fosse um filme,
Com se a vida fosse nada.
E a vida?
A vida passou diante dos nossos olhos,
Mas nós estávamos destraidos de mais,
Olhando um para o outro,
E fazendo promessas Insanas de uma Eternidade Finita.
As pessoas mudaram,
As coisas mudaram.
Mas nós permanecemos aqui,
Estáticos, Imóveis,
Como se a vida fosse um filme,
Com se a vida fosse nada.
E a vida?
A vida passou diante dos nossos olhos,
Mas nós estávamos destraidos de mais,
Olhando um para o outro,
E fazendo promessas Insanas de uma Eternidade Finita.
Soneto à pequena
( Soneto à B. K.)
Toda mágoa que eu tinha aqui comigo,
se derrama, escorre entre meus dedos,
vai também junto à ela os meus medos,
Teu sorriso se torna meu abrigo.
Teu olhar me descobre, me invade,
e me deixa deveras desvairado,
desfalece em mim a vaidade.
Por estar totalmente desarmado,
eu te sigo tal qual a branca pluma,
Segue o vento, que ao leste se apruma,
e se joga no mar, rumo ao torpor.
E o resto do mundo é coisa alheia,
Pois agora estou em tua teia,
com as algemas eternas do amor.
Toda mágoa que eu tinha aqui comigo,
se derrama, escorre entre meus dedos,
vai também junto à ela os meus medos,
Teu sorriso se torna meu abrigo.
Teu olhar me descobre, me invade,
e me deixa deveras desvairado,
desfalece em mim a vaidade.
Por estar totalmente desarmado,
eu te sigo tal qual a branca pluma,
Segue o vento, que ao leste se apruma,
e se joga no mar, rumo ao torpor.
E o resto do mundo é coisa alheia,
Pois agora estou em tua teia,
com as algemas eternas do amor.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Soneto Bailado
(Ode à Motta)
Quando o orvalho da noite seca ao dia
Vem a aurora mostrar-se em brisa mansa
O crepúsculo surge, a tarde esfria
Sincopando o balé que a pluma dança.
Baila terna no céu da poesia
Qual estrela brilhante que não cansa
Rodopia nas nuvens, se irradia
Tal qual Vênus se iguala a semelhança.
Giras tanto menina no meu sonho
Que às vezes desperto enfadonho
Discorrendo um agouro esquisito
Por só tê-la no sonho, bailarina
Proclamar-te será a minha sina
A estender-se no vão do infinito.
15/09/10
* A beleza não basta. A doçura é mais!
-tHiGo mArTiNs-
Poeminha do Passado.
Ah minha pequena,
Não castigues nosso futuro com o meu passado,
O que passou, ficou, e para mim,
Aquilo tudo, não passa de um tormento.
Ainda perceberás que é a ti que eu amo,
E não há razão nem espaço para dúvidas,
não há.
Se o fogo flamejante do ciume lhe queimar,
abraça-me e deixa que o tempo passe.
Abraça-me forte e deixa que tudo passe.
Vou te Ninar em meu colo,
E descobrirás os desejos mais profundos guadados em mim,
E os meus medos, e meus anseios,
e me dirás para esperar, que tudo acontecerá em seu tempo.
E quando veres o tempo já passou,
e todo o mal ficou para trás,
e já tornou-se passado também.
Não castigues nosso futuro com o meu passado,
O que passou, ficou, e para mim,
Aquilo tudo, não passa de um tormento.
Ainda perceberás que é a ti que eu amo,
E não há razão nem espaço para dúvidas,
não há.
Se o fogo flamejante do ciume lhe queimar,
abraça-me e deixa que o tempo passe.
Abraça-me forte e deixa que tudo passe.
Vou te Ninar em meu colo,
E descobrirás os desejos mais profundos guadados em mim,
E os meus medos, e meus anseios,
e me dirás para esperar, que tudo acontecerá em seu tempo.
E quando veres o tempo já passou,
e todo o mal ficou para trás,
e já tornou-se passado também.
Abra os olhos e veja a lua cheia.
-Como é cheio este rio de água clara!
Claro orvalho que brilha à lua rara
Raro orvalho que brinda a linda ceia.
Veja a praia repleta de areia,
Banhe os pés neste mar um tanto raso,
Fique ao sol, retifique o seu atraso
Aproveite esse bem que ninguém furta
“Nesse plano terrestre a vida é curta
Não façamos da vida um curto prazo!”
Vai embora o Sereno e toda noite
Dando vez a intensa luz d’aurora
Quando a lua já sabe a sua hora
De fazer noutro canto o seu pernoite.
Canta o galo e anuncia encanto- açoite
A chegada do astro incandescente
Com a graça do Deus onipotente
Vem fazendo a amanhã em poesia
E findando com tarde todo dia
Quando o sol mostra a face no poente.
Veja só como é lindo este cenário
Quando o vento maneiro faz a brisa
Revelando a imagem que se frisa
Sobre a tela do nosso imaginário.
Ouça o canto suave do canário
A ninar os seus novos filhotinhos,
Veja as aves fazendo os lindos ninhos
E alçando seu voou pro infinito...
“Não há nada no mundo mais bonito
Que o cantar imortal dos passarinhos”
12 a 13/09/10 -tHiGo-
Quando tudo acabou.
Quando tudo acabou,
e os amigos me cobriram de carinho,
para tentar suprir seus afagos
É que a Solidão bateu,
e eu menti à mim mesmo,
fingindo estar bem.
E cairam sobre mim muitas graças,
que eram buscadas por mim, quando estava contigo,
mas que por estar acorrentado ao teu mundo e teus caprichos
eu não consegui acompanhar.
Mas eu trocaria tudo para estar preso novamente.
Tenho junto aos amigos muitas migalhas de felicidade,
mas eu já estava acostumado com tua fartura,
e agora falta-me algo. Minha felicidade é triste,
estou bem melhor, mas não quer dizer que estou bem.
Fujo de você,
te ver só me fará relembrar o que eu quero que morra em mim.
O meu quarto agora é mórbido,cheio de fantásmas chamados lembranças,
e a cama onde nos amávamos agora é minha cruz,
E cada canto que olho, existe uma lembrança desalmada tua.
e os amigos me cobriram de carinho,
para tentar suprir seus afagos
É que a Solidão bateu,
e eu menti à mim mesmo,
fingindo estar bem.
E cairam sobre mim muitas graças,
que eram buscadas por mim, quando estava contigo,
mas que por estar acorrentado ao teu mundo e teus caprichos
eu não consegui acompanhar.
Mas eu trocaria tudo para estar preso novamente.
Tenho junto aos amigos muitas migalhas de felicidade,
mas eu já estava acostumado com tua fartura,
e agora falta-me algo. Minha felicidade é triste,
estou bem melhor, mas não quer dizer que estou bem.
Fujo de você,
te ver só me fará relembrar o que eu quero que morra em mim.
O meu quarto agora é mórbido,cheio de fantásmas chamados lembranças,
e a cama onde nos amávamos agora é minha cruz,
E cada canto que olho, existe uma lembrança desalmada tua.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Essa noite eu retalho o mundo inteiro / com a peixeira amolada do repente.
O poeta já vem todo ajustado,
Preparado prá deflagrar seu verso,
Um estondo que abala o universo,
e assusta quem tá despreparado.
Seu talento já vem enraizado,
é fatal qual veneno de serpente.
com a manha da puta indescente,
que te droga e leva o teu dinheiro.
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
com a peixeira amolada do repente.
Gleison Nascimento.
( Glosa trabalhada em cima do mote " Essa noite eu retalho o mundo inteiro/com a peixeira amolada do repente" do poeta Lirinha. Fonte " Inter poética / Corda Virtual.")
Preparado prá deflagrar seu verso,
Um estondo que abala o universo,
e assusta quem tá despreparado.
Seu talento já vem enraizado,
é fatal qual veneno de serpente.
com a manha da puta indescente,
que te droga e leva o teu dinheiro.
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
com a peixeira amolada do repente.
Gleison Nascimento.
( Glosa trabalhada em cima do mote " Essa noite eu retalho o mundo inteiro/com a peixeira amolada do repente" do poeta Lirinha. Fonte " Inter poética / Corda Virtual.")
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Esboço Infectado.
Isso que você diz como doença
costumo chamar de amor,
Mas se eu estiver errado,
e for mesmo doença,
Permita-me morrer no meu canto,
corroendo sonhos impossíveis,
Ingerindo litros de chico buarque,
E fazendo da autocomiseração, tira-gosto.
costumo chamar de amor,
Mas se eu estiver errado,
e for mesmo doença,
Permita-me morrer no meu canto,
corroendo sonhos impossíveis,
Ingerindo litros de chico buarque,
E fazendo da autocomiseração, tira-gosto.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Partícula de nada.
As regras são como máscaras,
que nos deixam menos nós,
que nos moldam tal qual a vontade sistemática
e hipócrita da máquina chamada sociedade.
Os deuses do sistema se entendem como deuses,
E nós? Somos apenas marionetes desse circo,
palhaços do sistema,
Bobos das cortes Privadas e Governamentais.
Eles montam em nós, e nós nos deixamos ser montados,
Nos contentamos em ser apenas degraus dos " Deuses".
Diante deles somos como grandes pedaços de vácuo,
Pois nos comportamos como tal.
E enquanto persistirmos em ser pouco,
Seremos partícula de nada.
que nos deixam menos nós,
que nos moldam tal qual a vontade sistemática
e hipócrita da máquina chamada sociedade.
Os deuses do sistema se entendem como deuses,
E nós? Somos apenas marionetes desse circo,
palhaços do sistema,
Bobos das cortes Privadas e Governamentais.
Eles montam em nós, e nós nos deixamos ser montados,
Nos contentamos em ser apenas degraus dos " Deuses".
Diante deles somos como grandes pedaços de vácuo,
Pois nos comportamos como tal.
E enquanto persistirmos em ser pouco,
Seremos partícula de nada.
sábado, 4 de setembro de 2010
Inspiração.
Inspiração é algo louco,
Não Avisa quando Vem,
Não Despede quando vai,
Dá um tesouro de ouro e nos deixa ouriçados.
Mas o tempo é inimigo, vilão de toda hora,
Nos deixa sem tempo,
E a senhora chamada inspiração,
Por nos ver sobrecarregados e não querer atrapalhar,
vai-se embora, Talvez não tenhamos tempo prá lhe dar.
Aqui deveria estar uma linda poesia,
com devaneios gritantes de amor,
Mas fui abandonado Pela minha senhora.
Não Avisa quando Vem,
Não Despede quando vai,
Dá um tesouro de ouro e nos deixa ouriçados.
Mas o tempo é inimigo, vilão de toda hora,
Nos deixa sem tempo,
E a senhora chamada inspiração,
Por nos ver sobrecarregados e não querer atrapalhar,
vai-se embora, Talvez não tenhamos tempo prá lhe dar.
Aqui deveria estar uma linda poesia,
com devaneios gritantes de amor,
Mas fui abandonado Pela minha senhora.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
1º Lugar na 5ª Recitata -A letra e a Voz-
Quero compartilhar minha imensa alegria com todos os amigos e admiradores da nossa poesia popular!
(...) Não há palavras para intensificar todo o encanto e sutileza da nossa riquíssima Literatura de Cordel!...
Sendo assim,
Agradeço a todos que acreditaram na minha poesia,
Agradeço a UNICORDEL-PE, por ter sido agraciado como poeta Unicordelista. (Presentaço)
A Prefeitura da Cidade do Recife pela realização de um evento tão importante.
“5ª Recitata, -A letra e a voz-
Um abraço versejado para todos!
-tHigo mArTiNs-
" POESIA QUE VENCEU A 5ª RECITATA -A LETRA E A VOZ-"
OBS: O FUNDO MUSICAL DO VIDEO FOI EXTRAÍDO DE UMA ANIMAÇÃO
POSTADA NO YOUTUBE, "A ÁRVORE DO DINHEIRO" DE MARCOS BUCCINI E DIEGO CREDIDIO.
Poema de pé de manga
"O pé de manga é tão alto!"
Dizia a pobre Marcela
Montada num belo salto
Fitando a manga amarela.
Mangava da manga espada
Minguada na madrugada
Em forma de coração.
Em Deus rogou tanta fé
Que a manga caiu do pé
Pra palma da sua mão.
-Olha só a espada manga
Na mão de quem manga-espada!
Enrola a manga na tanga
Enrola a tanga molhada
Lava a manga da mangueira
Na água dessa biqueira
Que banha a manga pastosa
Após cair sobre a mão
A manga calhou no chão
Na lama imunda e aquosa
"PerDeus" a fé que se apela
Por ter deixado-a cair
E Deus mangou de Marcela
Estando todo a se rir.
Olhando-a atentamente
Achava tão inocente
Seu ato de desamor.
Marcela apanhou a manga
Passou de novo na tanga
Mordeu e riu do Senhor
31/08/10
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